novo impasse

Laudo aponta necessidade de vistoria na obra do prédio da Câmara

Eduardo Tesch


Foto: Renan Mattos (Diário)

Os problemas que envolvem a construção do prédio que abriga a nova sede da Câmara de Vereadores de Santa Maria parecem estar longe do fim. Os trabalhos, que começaram em 2012, foram interrompidos em janeiro de 2013 com apenas 17% das obras concluídas. Exposta ao tempo, a construção acabou se deteriorando e a empresa RQP precisou ser contratada no final de 2017 para elaborar um projeto de correção na estrutura do prédio. Pelo estudo, a Câmara de Vereadores irá pagar R$ 22,3 mil.

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Porém, para realizar o pagamento, uma equipe técnica da prefeitura precisou analisar o trabalho feito pela empresa. Na semana passada, um laudo de uma engenheira da Executivo autorizou o pagamento à RQP, mas exigiu que fossem realizados estudos sobre as fundações do prédio em construção, já que não existiam análises aprofundadas em relação ao assunto.

Com isso, um novo entrave burocrático se inicia. O presidente da Casa, Alexandre Vargas (PRB), diz que, assim que os vereadores voltarem do recesso, amanhã, o assunto será debatido. Porém, ele adianta que um novo edital terá que ser publicado para que outra empresa realize o estudo apontado pela prefeitura.

- Precisamos fazer o que foi solicitado. Não queríamos isso, mas de que adianta avançarmos na obra se no futuro pode ocorrer algum problema nas fundações? Apesar de mais essa dificuldade, vamos elaborar o edital e contratar uma empresa para fazer esse estudo. Não tenho como dar prazo, mas tenho certeza de que até o final de ano faremos isso - afirma.

INSATISFAÇÃO
Quase seis anos depois de o edital que orçava a obra do novo prédio em R$ 4,9 milhões ser publicado, quem passa pela Rua Vale Machado consegue ver apenas o esqueleto da estrutura. Questionado sobre a insatisfação da população, o presidente da Câmara diz que se sente impotente em relação à situação.

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- Eu me sinto engessado nessa questão. O que queremos de verdade é fazer tudo certo para que não tenhamos novos problemas com a obra. Quero que tudo ocorra da forma correta - argumenta ele. 

Construção e enredo longe de terminar

  • O projeto original, orçado em R$ 4.9 milhões previa cinco andares em área de 3,98 mil m², com 26 gabinetes de 40 m², além de auditório para 400 pessoas
  • Em 29 de outubro de 2012, foi elaborada a rescisão do contrato com a empresa Engeporto, que realizava a obra, pelo então presidente Marcelo Zappe Bisogno (PDT), com base na inexecução parcial da construção
  • Em 7 de junho de 2016, o vereador Marcelo Bisogno, ex-presidente da Câmara, protocolou um pedido de abertura de sindicância para apurar eventuais irregularidades na execução da obra, que foi encaminhado à prefeitura. O Executivo instalou processo administrativo de sindicância envolvendo a Câmara e a Engeporto
  • Em 24 de novembro de 2017, a Câmara lançou licitação para contratação de empresa para criação de projeto de recuperação da obra
  • A RQP, empresa que foi contratada, realizou os serviços. Porém, para receber o pagamento, a prefeitura precisava emitir um laudo técnico aprovando os trabalhos realizados
  • A obra é alvo de uma inspeção extraordinária do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que já determinou a devolução de valores por ex-gestores e também de ação civil por parte do Ministério Público

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